segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Procissão reúne centenas de fiéis


Edição de segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
No encerramento da festa de Nossa Senhora dos Navegantes, imagens da santa se encontram na Redinha
Andrielle Mendes


Centenas de fiéis acompanharam o encerramento da festa de Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira da Redinha, na tarde de ontem. A festa é realizada há mais de 100 anos e a programação é encerrada com duas procissões. Como de costume, uma imagem seguiu por mar, partindo da igreja dos pescadores e a outra seguiu por terra, partindo da igreja de pedra e percorrendo os becos da Redinha. As duas imagens se encontraram no início da noite no bairro, onde o pároco João Maria do Nascimento celebrou a missa de encerramento. O objetivo da festa, cujo tema era "Com o olhar da Virgem Maria, caminhamos com Jesus", é levar os fiéis a refletirem sobre a própria caminhada e os passos dados na fé.



Evento religioso está ligado à tradição da pesca na Redinha e faz parte da história do bairro da Zona Norte Foto: Fábio Cortez/DN/D.A Press
Dona Irene Batista de Oliveira, 78, acompanha a procissão desde menina. "Vinha com minha avó e minha tia. Eu não morava na Redinha ainda. Morava num distrito de Extremoz". A menina cresceu, casou e mudou-se para Redinha. É devota de Nossa Senhora dos Navegantes, "graças a Deus". Todosos anos ela segue a tradição e só vai para casa depois da missa. "Fiquei tão doente que pensei que não viria este ano. Tive tontura. Andava me agarrando nas coisas. Me apeguei com Nossa Senhora dos Navegantes e hoje estou aqui, graças a Deus", relata dona Irene. Ela estava acompanhada de alguns dos filhos, netos e bisnetos e devido à idade preferiu aguardar o retorno da imagem na praia.

O cozinheiro Ivanaldo da Silva Costa, 37, também é devoto de Nossa Senhora dos Navegantes. Ele acompanha a procissão desde os 10 anos de idade, sempre descalço e com um terço nas mãos. "Já saio de casa descalço". Cumpre uma promessa que fez ainda garoto: "Enquanto for vivo e minhas pernas puderem caminhar, acompanharei a procissão, independente de ter ou não o que pedir". Para o pároco João Maria do Nascimento, o ato de acompanhar a procissão é uma tradição dos nativos. "Eles eram pessoas ligadas à pesca e entravam mar adentro confiando suas famílias a Nossa Senhora dos Navegantes. Acompanhar a procissão é uma tradição ligadaà origem da Redinha", diz.
diariodenatal

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